Bruno de Castro - 18/09/2010 17:00
Gabriel corre para não deixar a bituca de cigarro alcançar o mar. Aos nove anos, o menino já sabe que, apesar de minúsculo, o material oferece risco à vida marinha. “Se for pro mar, os animais comem e a água fica poluída”, resumiu.
O gesto, a mãe, Vicentina Nobre, diz ser reflexo da força do hábito. Em casa, o pequeno só joga o lixo no lixo. Na praia do aterrinho, ontem, ele acompanhou o vai-e-vem de 50 pessoas da areia para a água salgada.
Todas entravam de mãos vazias. Quarenta e cinco minutos depois, voltavam com sacolas vermelhas cheias. De canudinhos, lascas de madeira, garrafas, sacos plásticos, cordas, cortes de papelão e até pedaços de borracha. Tudo vindo do fundo do mar.
Das 8h30min às 14h, o Clube de Mergulho do Mar do Ceará trouxe para si a responsabilidade de fazer uma faxina no mar de um dos cartões postais de Fortaleza, a Praia de Iracema. A mobilização integrou as atividades do Dia Internacional de Limpeza de Praias e Ambientes Costeiros, celebrado neste sábado.
Menos de duas horas depois do início dos trabalhos, seis remessas já haviam sido coletadas. Tudo isto em apenas uma vasculhada no mar e algumas voltas na faixa de areia. Os resíduos foram recolhidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) e por catadores do projeto “Reciclando Vidas”, que decidirão o destino final de cada unidade retirada da água.
E cada saco de lixo significa mais chances de vida no mar. “Nos mergulhos que costumamos fazer, encontramos peixes usando latinhas como casa e tartarugas comendo plástico. Isso é danoso”, relata o instrutor de mergulho e integrante do Clube, Marcus Davis.
Nesta rede em prol do bem, não é difícil dar de cara com um voluntário. O engenheiro de pesca Thiago Holanda era um deles ontem. “Este é um ato para os banhistas se conscientizarem de que as praias precisam ser conservadas”, alerta.
Veterano em mergulhos e em ações de retirada de lixo, ele lamenta a mudança nos cenários do fundo do oceano. Para pior. “Onde, antes, víamos corais, hoje encontramos sacos e tampinhas. E muita coisa vem até de outros países. Eu mesmo já encontrei coisa da China e do Japão”.
O gesto, a mãe, Vicentina Nobre, diz ser reflexo da força do hábito. Em casa, o pequeno só joga o lixo no lixo. Na praia do aterrinho, ontem, ele acompanhou o vai-e-vem de 50 pessoas da areia para a água salgada.
Todas entravam de mãos vazias. Quarenta e cinco minutos depois, voltavam com sacolas vermelhas cheias. De canudinhos, lascas de madeira, garrafas, sacos plásticos, cordas, cortes de papelão e até pedaços de borracha. Tudo vindo do fundo do mar.
Das 8h30min às 14h, o Clube de Mergulho do Mar do Ceará trouxe para si a responsabilidade de fazer uma faxina no mar de um dos cartões postais de Fortaleza, a Praia de Iracema. A mobilização integrou as atividades do Dia Internacional de Limpeza de Praias e Ambientes Costeiros, celebrado neste sábado.
Menos de duas horas depois do início dos trabalhos, seis remessas já haviam sido coletadas. Tudo isto em apenas uma vasculhada no mar e algumas voltas na faixa de areia. Os resíduos foram recolhidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) e por catadores do projeto “Reciclando Vidas”, que decidirão o destino final de cada unidade retirada da água.
Mais vida
A força-tarefa no aterrinho foi apenas uma de tantas outras pelo País e pelo mundo. Só em Fortaleza, limpezas também foram feitas no Titanzinho, Barra do Ceará e Serviluz. Estima-se que o saldo de coleta supere uma tonelada na Capital.E cada saco de lixo significa mais chances de vida no mar. “Nos mergulhos que costumamos fazer, encontramos peixes usando latinhas como casa e tartarugas comendo plástico. Isso é danoso”, relata o instrutor de mergulho e integrante do Clube, Marcus Davis.
Nesta rede em prol do bem, não é difícil dar de cara com um voluntário. O engenheiro de pesca Thiago Holanda era um deles ontem. “Este é um ato para os banhistas se conscientizarem de que as praias precisam ser conservadas”, alerta.
Veterano em mergulhos e em ações de retirada de lixo, ele lamenta a mudança nos cenários do fundo do oceano. Para pior. “Onde, antes, víamos corais, hoje encontramos sacos e tampinhas. E muita coisa vem até de outros países. Eu mesmo já encontrei coisa da China e do Japão”.
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