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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Papai Noel alimenta animais durante desfile natalino aquático na Malásia


O aquário KLCC, em Kuala Lumpur, capital da Malásia, promoveu uma confraternização especial para seus animais.  Vestido de Papai Noel, um mergulhador alimentou peixes e tartarugas.
A festa recebeu o nome de “Something Fishy about Christmas”,  frase em inglês que tanto pode ser entendida como “alguma coisa de peixe no Natal” como “”algo improvável no Natal”.
Juliana Bacci
(Fotos: Ahmad Yusni/EFE)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fotógrafo flagra lula saltando quase 20 metros fora d'água

O fotógrafo britânico Graham Ekins registrou uma cena rara no mar perto do Japão. Ele flagrou uma lula saltando quase 20 metros fora d'água. Usando seus braços como uma espécie de hélice, a lula dava impressão de estar voando, segundo o jornal inglês "The Sun".

Lula usava braços como espécie de hélice e parecia estar voando. 
Lula usava braços como espécie de hélice e parecia estar voando. (Foto: Reprodução/The Sun)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Papais noéis tocam 'Feliz Natal' dentro de aquário na China

Mergulhadores usaram violão e até flauta.
Tartarugas também 'participaram' de apresentação no parque aquático.


Foto: Color China/AP

Vestidos como Papai Noel, mergulhadores formam uma 'banda aquática' em aquário de Fuzhou, na China, neste domingo (21). Ao fundo, o cartaz exibe a mensagem 'Feliz Natal', em chinês (Foto: Color China/AP)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pictured: The moment a diver grappled with a 12ft tiger shark to save a friend

Plunging a knife in again and again, diver Craig Clasen grapples with a 12ft tiger shark to protect a friend.
For two hours he wrestled with the giant, spearing it seven times, even drowning the beast before eventually finishing it off with a knife.
Mr Clasen was hunting yellow fin tuna with fellow fisherman Cameron Kirkconnell, photographer D.J Struntz and film maker Ryan McInnis in the Gulf of Mexico when the encounter took place.

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Craig Clasen fighting a 12 foot tiger shark
Free diver Craig Clasen was forced to fight head-on with a 12-foot tiger shark when the predator turned on his friend during a spearfishing trip

The group were about to leave the deep waters south of the Mississippi River's mouth, when Mr McInnis found himself alone in the company of a tiger shark.
With no time to lose, Mr Clasen grabbed his speargun and swam to his stranded friend, who was being circled by the giant predator.
'I positioned myself between Ryan and the shark and I tried to watch it for a second, hoping it would pass us by,' explained 32-year-old Mr Clasen.
'I noticed that the shark was getting tighter and tighter and just kept trying to get a back angle on us and behaving in an aggressive manner.
'The shark made a roll and looked like it was going to charge us so I just went ahead and took the conservative route and put a shaft through its gills.
'Cameron and I have been around sharks for years and we all have a lot of experience with them but this encounter had a different feel to it.
'Down in my core I really felt the shark was there to feed. I didn't want it to come to that.'
Mr Clasen spent nearly two hours wrestling with the giant 12ft shark, spearing it seven times and even attempting to drown the beast before eventually finishing it off with a long blade knife.
Craig Clasen fighting a 12 foot tiger shark
The experienced spearfisherman spent nearly two hours wrestling with the shark, spearing it seven times
'Once I shot it in the gills I felt a moral obligation to finish the job,' says Mr Clasen.
'I didn't want it to go on any longer than it had to. I shot the fish like I would do any other fish and worked it up closer and did my best to kill it as humanely as possible.
'I speared it in the gills which I knew would kill it and from that I tried to put a shaft into its brain as quickly as possible.
'I shot it six times in the head with a spear and I wasn't having much luck - it was a slow drawn out process.
'Sharks are so resilient and so tough from millions of years of evolution they are just survivors.
'The best way and quickest way to finish the job and kill the shark and recover it was to get a rope around its tail, drag it from the back of the boat and attempt to drown it.
'In the end we had put a knife its skull once I got lose enough to it and use a long blade knife even after trying to drown it.'
Craig Clasen fighting a 12 foot tiger shark
Mr Clasen, who usually sees 50-100 sharks on such dives, said that such an attack was rare
Mr Clasen has been free diving and fishing since an early age. Hailing from Mississippi, he was brought up in a fishing family, and is an expert in all fishing disciplines. Despite his experience, Mr Clasen took no pleasure in disposing of the giant shark.
'This was one of the most remorseful moments I have ever had in all of my years in hunting, gathering and fishing,' explains Mr Clasen.
'Personally I never shoot anything or kill anything that I am not going to eat.
'We saved the tail and the head, cut a giant chunk out of it and ate a piece.
'I wasn't there to hunt the shark, it was a defensive move for me and I would do it again. Unfortunately it had to be done and its not something I was proud of. It was a situation that presented itself to us. This was one of those rare instances where we had to protect ourselves.
'I have so much respect for sharks in general. With the amount of time that we spend out there we are exposed to so many potential risks.'
Craig Clasen fighting a 12 foot tiger shark
The divers had been hunting with spear guns for yellow fin tuna when the tiger shark attacked
Spearfishing is a form of fishing that has been popular throughout the world for centuries. Considered to be the most selective way of fishing, the amount of fish taken by spearfishermen accounts for just 0.1 per cent of fishing globally.
Today spearfishermen use effective elastic- or pneumatic-powered spearguns and slings to strike the hunted fish using free-diving, snorkelling or scuba-diving techniques.
Regarded by many as two of the world's best free diving spearfishermen, Mr Clasen and Cameron Kirkconnell have come into contact with thousands of sharks.
Watching from the boat, Mr Kirkconnell is sure Mr Clasen the right decision. 'We had been in the water all day and had caught lots of tuna,' he explained.
'But every dive we do is a shark dive and at certain times of the year, especially in Louisiana, we expect to see between 50-100 sharks from 7-12 ft.
'This encounter was so rare though. This shark might have been part of a feeding frenzy and still fired up and thought this was an easy kill.
'Tiger sharks have no problem eating whole sea turtles, 150lb tuna and even dolphins. It wasn't a split second decision on a whim, Mr Clasen has had hundreds of hours of experience.
'There was no doubt that was what needed to be done.'



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Que tal mergulhar no Ceará?

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Raja Ampat

Cento e oitenta mil filhotes de tartaruga são soltos em rio no Amazonas

Quelônios ficam 30 dias em piscinas para maior chance de sobrevivência.
Se saíssem dos ovos para a natureza, virariam alvo fácil de predadores.

O Projeto Quelônios da Amazônia fez, em Itamarati (AM), a 980 km de Manaus, a soltura de 180 mil filhotes de tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa). Moradores da cidade ajudaram, neste domingo (7), a tirar os animais das piscinas plásticas usadas como berçário e devolvê-las às águas do Rio Juruá, afluente do Amazonas.

Foto: Prefeitura de Itamarati/Divulgação

Chegando já maiores ao rio, os animais têm maior chance de sobrevivar ao ataque dos predadores. (Foto: Prefeitura de Itamarati/Divulgação)

Os ovos foram colocados em ‘tabuleiros’ (bancos de areia que aparecem na época de vazante do rio) a partir de agosto por cerca de 2 mil tartarugas adultas.

Quando os ovos se quebram, voluntários levam os filhotes para os berçários, para que possam se fortalecer durante 30 dias e perder o cheiro de recém-nascidos, que atrai os predadores. Já crescidos, as tartarugas são devolvidas ao rio, segundo informações da prefeitura do município, parceira do Ibama no programa de proteção aos quelônios.

Foto: Prefeitura de Itamarati/Divulgação

Moradores ajudaram a devolver os filhotes às aguas do Rio Juruá.  (Foto: Prefeitura de Itamarati/Divulgação)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mergulhador se arrisca e alimenta tubarão na boca na Hungria

Cena foi registrada no aquário Tropicarium em Budapeste.
Mergulhador chega a deixar a mão próxima à boca do predador.

Mergulhador chega a deixar a mão próxima à boca do predador. 
Mergulhador chega a deixar a mão próxima à boca do predador. (Foto: Attila Kisbenedek/AFP)
 
 
Mergulhador se arrisca e alimenta um tubarão na boca no aquário Tropicarium em Budapeste, na Hungria. 
Mergulhador se arrisca e alimenta um tubarão na boca no aquário Tropicarium em Budapeste, na Hungria, no dia 28 de outubro, durante um evento com estudantes. (Foto: Attila Kisbenedek/AFP)
 

 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Barco que parece afundar navega pela Europa


Iate de 6,5 metros cortado ao meio foi criado pelo artista francês Julien Berthier
por Redação Galileu
Para criar a instalação "Love, Love" (Amor, Amor), o artista parisiense Julien Berthier pegou um iate de 6,5 m, partiu-o ao meio e, em seguida, instalou uma quilha de modo que o barco ficasse submerso em uma angulação de 45º, dando a impressão de estar afundando.

Editora Globo
Além de ser visualmente intrigante, o barco é funcional: pode-se navegar nele. Inclusive, Berthier já levou sua invenção para passear em alguns países da Europa. O veículo naufragado satiriza a expressão em inglês “love boat” (barco de amor).

Editora Globo

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mergulhador salva mulher puxando cauda de tubarão na Austrália


Elyse Frankcom (esq.)
Elyse Frankcom (esq.) disse que, se fosse atacada, 'morreria feliz'

Um mergulhador salvou uma guia de mergulho na costa australiana dando um puxão na cauda de um tubarão que a estava atacando.

Elyse Frankcom, de 19 anos, levava um grupo para praticar snorkelling entre golfinhos na marina de Fremantle, perto de Perth, no sudoeste da Austrália, quando foi atacada pelo predador no sábado.

Um dos homens que fazia parte de grupo agiu rapidamente e deu um puxão na cauda do tubarão para tentar salvar a mulher.

"Durante o ataque, o tubarão esbarrou em um homem relativamente forte, que então segurou a cauda do animal, o que o fez ir embora", descreveu o porta-voz dos salva-vidas de Fremantel, Frank Pisani.

Segundo o jornal The Australian, especialistas acreditam que o animal estivesse protegendo seu território ou simplesmente tenha se assustado.

Elyse foi levada de helicóptero para um hospital, onde passou por cirurgias para reparar as mordidas na cintura, nas coxas e mas nádegas.

"Só quero que a garota fique bem", disse o herói anônimo à TV australiana.

Recentemente, Elyse tinha postado em sua página pessoal no Facebook o seguinte comentário: "Se eu for atacada ou morrer, pelo menos morrerei feliz e fazendo o que amo".

Câmera com fotos de resgate no mar em 2006 surge na praia na Austrália

Uma câmera subaquática com fotos de um emocionante resgate em alto mar foi encontrada intacta em uma praia, quatro anos após ter desaparecido nas ondas, na costa Norte da Austrália.

As imagens mostram os momentos de desespero passados pelos mergulhadores Peter Trayhurn e Geoff Tosio no local de mergulho conhecido como Pimpernel Rock, depois que a corda da âncora arrebentou e seu barco foi levado pelo mar revolto, deixando os dois sozinhos a 8 km da costa, em 2006. Veja a galeria.
Os australianos acharam que iriam se afogar enquanto tentavam se manter juntos, presos em uma corrente por mais de quatro horas. Mas, apesar do medo, eles decidiram registrar a situação.

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Geoff Tosio comemora a chegada do resgate. (Foto: The Daily Telegraph/Australia)
 
"Eu pensei: 'Essa é uma experiência bem interessante. Eu devia tirar umas fotos'", disse Trayhurn ao jornal "The Daily Telegraph", da Austrália.

Os mergulhadores acabaram sendo avistados por um navio-tanque. Eles foram então resgatados por uma lancha da polícia e levados para a aparente segurança de seu barco de mergulho.

Mas quando eles estavam voltando para a costa, o barco virou, colocando a vida dos mergulhadores em perigo mais uma vez.

Lancha da polícia vira após o resgate. 
Lancha da polícia vira após o resgate. (Foto: AP)
Eles foram novamente resgatados pela polícia e acabaram conseguindo recuperar o barco, mas a câmera de Trayhurn se perdeu nas ondas.

Quatro anos depois, a câmera foi encontrada, com o cartão de memória intacto, em uma praia próxima ao local do incidente.

"Eu não me importava com a câmera ou com a caixa protetora, mas achar aquelas fotos foi especial", disse Trayhurn ao "Daily Telegraph".

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Robô salva-vidas começa a ser usado em praia da Califórnia

Malibu já usa máquina que pode nadar até 12 vezes mais rápido que humano

por Redação Galileu
O robô salva-vidas não se parece em nada com robôs tradicionais. Ele mede apenas 30 centímetros e seu formato se assemelha ao de um barco. A máquina recebeu o nome feminino de Emily (Emergency Integrated Lifesaving Lanyard).
   
Divulgação

Criada para se locomover na água com mais agilidade do que bons nadadores, a máquina pode "nadar" até doze vezes mais rápido que um humano. Ela atinge uma velocidade de 38 km/h graças a um motor de propulsão parecido com os motores usados em jet-skis.
Com um simples controle remoto, Emily pode ser guiada ao local de forma remota até o local do afogamento. A ideia de seus fabricantes é que o afogado se segure no robô, que também serve como boia, e ele guie o caminho de volta até a praia.
Desenvolvido pela empresa Hydronalix, Emily custa US$ 3.500 (R$ 5.900) e pode aguentar várias pessoas agarradas à sua estrutura. Além de servir como apoio aos banhistas, o robô utiliza um sistema de sonar para criar mapas 3D do ambiente ao redor e é capaz de identiticar barulhos de pessoas em perigo.

Top 10: Animais estranhos e raros

Saiba mais sobre alguns dos bichos esquisitos que ainda estão vivos entre nós

por Redação Galileu
O site The List Universe fez uma lista de animais com aparência bem estranha. Todos os membros desta seleção ainda vivem entre nós, mas muitos deles estão ameaçados de extinção.
A maioria corre perigo devido ao desmatamento que acaba com o habitat natural dos bichos. Outros animais estão correndo o risco de serem exterminados da Terra justamente por sua aparência incomum que atrai colecionadores, como é o caso do número 2.

Veja a lista abaixo:

10. Proteus anguinus
  Divulgação

É um anfíbio cego muito comum em águas subterrâneas de cavernas no sul da Europa. Vive exclusivamente em lugares sem luz, é também conhecido pelos habitantes da região como peixe humano por causa da cor de sua pele. Apesar dos olhos atrofiados, seu olfato e audição são muito desenvolvidos.
9. Tremoctopus violaceus

Editora Globo
Também conhecido como polvo de véu, a fêmea desta espécie é 40.000 vezes mais pesada do que o macho. Enquanto ela mede até dois metros de comprimento, ele chega aos míseros 2,4 cm. A fêmea costuma estender seu véu quando ameaçada para parecer maior e mais assustadora do que já é.

8. Centrolenidae
Editora Globo
As rãs desta família são caracterizadas pela pele quase transparente. Vivem em florestas úmidas da América Central e do Sul. Também conhecida como rã de vidro, quase todos os seus órgãos são aparentes.

7. Psychrolutes marcidus
Editora Globo
O blobfish, ou o peixe mais feio do mundo, é raramente encontrado vivo. Habitante das águas profundas do mar da Austrália e Tasmânia, tem consistência gelatinosa e densidade levemente menor que a da água, assim é quase levado por ela e usa pouco seus músculos flácidos.
6. Archaeidae
Editora Globo
Uma família de aranhas com que só come outras aranhas. A forma estranha, composta por pescoço e pinças alongadas ajuda na caçada. Conhecidas como aranhas assassinas ou pelicanos, são encontradas na Austrália, Madagascar e África do Sul.
5. Sternoptychidae
Editora 
Globo
Esta família de peixe habita quase todos os oceanos, menos os de água mais gelada. Como proteus e blobfish, também vive em ambientes escuros. Conta com órgãos produtores de luz dos lados para enganar predadores.
4. Kiwa hirsuta
Editora Globo
Este caranguejo peludo é coberto, na verdade por cerdas semelhantes às de camarões. Ele usa suas cerdas para filtrar a água ao seu redor. Cego e incolor, também vive na escuridão.
3. Phycodurus eques

Editora Globo
Este dragão marinho é um peixe que vive disfarçado de alga. Vive na Austrália flutuando em águas superficiais. Por ser muito camuflado, caça por emboscada. Atualmente encontra-se ameaçado.
2. Uroplatus phantasticus
Editora Globo
Mais conhecida como lagartixa satânica com cauda de folha, a espécie acima é natural da ilha de Madagascar. Mas, como vários animais da região, corre risco de ser extinta por causa da destruição de seu habitat e caça feita por colecionadores. A lagartixa usa sua aparência para camuflagem e, apesar do olhar satânico, só se alimenta de insetos.

1. Hemeroplanes cartepillar
Editora Globo
Parece, mas não é cobra. Trata-se de uma lagarta pouco conhecida e dificilmente avistada que vive nas florestas úmidas do México e América Central. Normalmente ela n”ao tem essa aparência assustadora, mas, quando é ameaçada, ganha as cores e o formato de uma cobra. Além de mimetizar cores, olhos e o formato da cobra, a lagarta simula ataques – inofensivos, já que ela não é venenosa. Esta lagarta fantasiada de cobra está muito ameaçada de extinção por causa do desmatamento.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tubarões

Os Tubarões são, talvez, as criaturas que mais aterrorizam as pessoas em todo o mundo. Sua temível aparência, tamanho grande e seu ambiente hostil se combinam para fazê-los parecer como os protagonistas de um pesadelo. A violência súbita de um ataque de tubarão é realmente uma experiência aterrorizante para a vítima. Mas os tubarões são, de fato, monstros assustadores que têm preferência por carne humana? 


Foto cedida Carl Roessler
Um grande tubarão-branco
Neste artigo, descobriremos por que os tubarões atacam, como atacam e que tipos de tubarão atacam pessoas com mais freqüência. Também veremos algumas maneiras de evitar ataques de tubarão.
Por que os tubarões atacam
Em 90% dos incidentes com tubarões, o que ocorre é um erro. Os tubarões acham que somos alguma coisa que não somos. - Gary Adkison, mergulhador ("Sharkbite! - "Mordida de tubarão! Sobrevivendo ao grande branco")
Ainda que os ataques de tubarão possam parecer cruéis e brutais, é importante lembrar que eles não são criaturas do mal que caçam humanos constantemente. Eles são animais que obedecem seus instintos, como todos os outros. Como predadores no topo da cadeira alimentar do oceano, os tubarões são projetados para caçar e comer grandes quantidades de carne. A dieta de um tubarão consiste em outras criaturas do mar, principalmente peixes, tartarugas marinhas, baleias, leões-marinhos e focas. Os seres humanos não estão no cardápio dos tubarões. De fato, os humanos não fornecem carne com gordura suficiente para os tubarões, que precisam de muita energia para movimentar seus corpos grandes e musculosos.
Se os tubarões não têm interesse em comer os humanos, por que eles nos atacam? A primeira dica vem de um padrão que a maioria dos tubarões segue. Na maioria dos ataques registrados, o tubarão morde a vítima, pára por alguns segundos (possivelmente arrastando a vítima pela água e sob a superfície), e depois a solta. É muito raro um tubarão fazer repetidos ataques e realmente comer uma vítima humana. O que acontece é que o tubarão confunde um ser humano com alguma coisa que ele geralmente come. Depois que ele sente o gosto, percebe que aquela não é a comida com a qual está acostumado e solta a pessoa.

Para um tubarão, um surfista batendo os braços sobre uma prancha de surfe
pode parecer muito com uma presa usual
A confusão do tubarão é mais fácil de compreender se enxergarmos as coisas sob o ponto de vista do animal. Muitas vítimas de ataque são surfistas ou pessoas andando de boogie boards. Um tubarão nadando embaixo d`água vê grosseiramente um formato oval com braços e pernas pendentes remando ao longo da superfície. Isto cria uma grande semelhança com um leão-marinho (a principal presa dos grandes tubarões-brancos) ou uma tartaruga marinha (uma comida comum para os tubarões-tigres).
Os ataques também ocorreram com freqüência quando humanos pescavam com arpões em águas oceânicas. Os tubarões são atraídos por sinais enviados por peixes mortos: o cheiro do sangue na água e os impulsos elétricos emitidos à medida que o peixe luta. Os tubarões detectam estes sinais com suas ampolas de Lorenzini, um conjunto de "detectores" sob a pele no nariz do tubarão. As ampolas são células eletricamente sensíveis que se conectam à superfície da pele por meio de pequenos tubos. Assim que o tubarão chega ao local, ele pode se tornar agitado e agressivo na presença de tanta comida. Um tubarão faminto e excitado pode facilmente confundir um ser humano com sua presa usual.
Mito número 1 sobre os tubarões:
eles são assassinos

Filmes como "Tubarão" e relatos históricos sobre ataques (como aqueles em Nova Jersey em 1916) deram vazão ao mito do tubarão assassino. Este é aquele que decide se realmente gosta de comer seres humanos. Ele exibe um comportamento atípico, aparece fora de sua região habitual e faz ataques adicionais na mesma área durante vários dias. É impossível afirmar que não existe absolutamente nenhum tubarão assassino: tubarões individuais podem exibir comportamentos estranhos, possivelmente porque estão doentes ou machucados. Diferentes condições do oceano podem enviar tubarões para além de seu alcance enquanto eles perseguem espécies que são suas presas.
Porém, não há nenhuma evidência que indique que os tubarões jamais "desenvolveram um gosto por carne humana". Mesmo se uma série de ataques ocorre em uma área, provavelmente diferentes tubarões são responsáveis por isso, porque eles tendem a viajar grandes distâncias em um único dia. Isto significa que o tubarão que fez o primeiro ataque provavelmente está a centenas de quilômetros de distância do local onde o segundo ataque ocorreu. Varrendo a área com barcos de pesca e matando tubarões horas depois de um ataque, é pouco provável conseguir capturar o tubarão específico responsável pelo ataque.
Existem casos nos quais os tubarões parecem atacar motivados pela agressão e não pela fome. Sabe-se muito pouco sobre o comportamento dos tubarões, mas acredita-se que algumas espécies, incluindo os grandes tubarões-brancos, exibem comportamento dominante sobre outros tubarões. Este comportamento pode assumir a forma de "socos" com o nariz, ou mordidas que não ferem muito a resistente pele de um tubarão.

Foto cedida Carl Roessler
Um tubarão-dormedor fotografado na costa da Austrália
Às vezes, o tubarão ataca porque está respondendo a uma agressão humana. Os tubarões-dormedores, por exemplo, geralmente são peixes calmos que permanecem parados no fundo do oceano. Por alguma razão, isto faz com que alguns mergulhadores achem uma boa idéia puxar suas caudas. Tubarões-dormedores irritados ensinaram muitos mergulhadores a não tocá-los. Por esta razão, as estatísticas de ataques de tubarão são divididas entre ataques provocados e não-provocados.

Como funcionam os ataques de tubarão

Águas perigosas

Considera-se que o maior perigo quanto aos tubarões sejam os mares tropicais quentes, [porém] existem registros de ataques de tubarão a pessoas em mares de águas frias, em altas altitudes, como o do pescador em Wick, ao norte da Escócia, que foi mordido no braço. - Rodney Steel, "Sharks of the World" ("Tubarões do mundo") Já mencionamos as três espécies de tubarão mais perigosas e agressivas: os grandes tubarões-brancos, os tubarões-tigres e os tubarões-touros. Estas espécies são as mais mortais por várias razões:
  • são grandes o suficiente para que os serem humanos lhes pareçam presas;
  • são tão poderosos que a sua mordida inicial pode causar um ferimento fatal;
  • estão no topo da cadeia alimentar, o que significa que eles instintivamente não têm medo de nada.
Porém, outras espécies de tubarão não são completamente inocentes. Os tubarões-areias, os tubarões-martelos, e os tubarões-makos também são responsáveis por alguns ataques, enquanto 1/3 dos ataques de tubarão ocorre com espécies menos conhecidas, como os tubarões-de-pontas-negras, os tubarões-dormentes e vários tubarões de recife. No geral, o tubarão-touro pode ser a espécie mais perigosa devido aos seus padrões agressivos de ataque e ao seu hábitat preferido: águas costeiras rasas. Estatisticamente, existem entre 30 e 50 ataques de tubarão não provocados relatados no mundo todo anualmente, dos quais 5 a 10 são fatais. A Flórida é a região dos Estados Unidos onde acontecem mais ataques. Desde 1990, os números variam de 10 a 37 por ano. Os Estados Unidos lideram a lista de ataques no mundo inteiro [ref - em inglês].


Fonte: International Shark Attack File
(Arquivo internacional de ataques de tubarão) Museu de História Natural da Flórida
A grande maioria dos ataques ocorre a poucos metros da costa porque é aí que a maioria das pessoas fica no oceano. O número de ataques no mundo inteiro tem crescido nos últimos anos por um motivo similar: mais pessoas estão passando suas férias em praias e participando de atividades no mar. Não há indicação de que os tubarões estejam se tornando mais agressivos.
A proteção governamental de mamíferos aquáticos promoveu o aumento das populações de focas, leões-marinhos e lontras-marinhas na costa oeste dos Estados Unidos. Todos esses animais são presas para os grandes tubarões-brancos. Como resultado, as áreas costeiras próximas a São Francisco têm maior número de grandes tubarões-brancos. Não houve um aumento em ataques destes tubarões nessas áreas porque geralmente as pessoas não nadam quando sabem que eles estão por perto.

Os ataques de 1916, em Nova Jersey
Em 1916, uma série de cinco ataques de tubarão começou na costa de Nova Jersey. O primeiro ataque foi subestimado pelos locais e pela mídia como um acidente. Alguns dias depois, um segundo ataque chamou a atenção do país inteiro e acabou com a indústria de turismo local. Mas os ataques mais chocantes ainda estavam por vir. Pouco depois do segundo ataque, um enorme tubarão foi visto nadando contra a correnteza no canal Matawan, seguindo em direção ao oceano através da água escura da maré. O relato foi recebido com ceticismo até que um grupo de garotos que estava nadando no riacho, a 18 km do oceano, foi atacado. Um dos garotos foi parcialmente comido e um adulto que mergulhou para tentar resgatá-lo também foi morto, outro garoto perdeu a perna em um ataque quando o tubarão retornou correnteza abaixo.
Na subseqüente onda antitubarão, centenas de tubarões foram caçados e mortos. Posteriormente, um tubarão declarado como um grande tubarão-branco foi pego com restos humanos em seu estômago. Porém, este relato foi contestado. Os ataques no canal de Matawan têm mais probabilidade de terem sido cometidos por um tubarão-touro. Este foi um caso verdadeiro de tubarão assassino? Possivelmente. Porém, é igualmente possível que os ataques no oceano tenham sido cometidos por um tubarão diferente do tubarão do canal de Matawan e que a cronologia dos cinco ataques tenha sido uma coincidência.
Ainda que os ataques de tubarão geralmente se concentrem em determinadas áreas, os tubarões viajam grandes distâncias e freqüentemente extrapolam seus alcances habituais. Particularmente, os grandes tubarões-brancos não têm problemas com água fria, mas os tubarões são reconhecidos por sua habilidade de tolerar água doce e já foram encontrados nadando em rios a centenas de quilômetros do oceano. Porém, eles geralmente preferem um clima tropical.
Como evitar ataques de tubarão
Não é comum um tubarão entrar em uma área costeira repleta de pessoas para selecionar uma vítima. Por outro lado, com freqüência a vítima é a pessoa que foi subitamente deixada sozinha e mais afastada da praia que os outros.
- David H. Baldridge, "Shark Attack" ("Ataque de tubarão")
Todo verão, a cobertura da mídia norte-americana chama muita atenção para os ataques de tubarão. Um resultado de toda esta atenção é que tendemos a perceber a ameaça maior do que ela realmente é. A mesma coisa acontece com os acidentes de avião. Estatisticamente, dirigir um carro é muito mais fatal do que voar. Entretanto, os acidentes de avião são relativamente pouco freqüentes e terrivelmente catastróficos. Eles acabam em todos os noticiários e as imagens permanecem em nossas mentes por um longo tempo. Como resultado, tendemos a superestimar os perigos de voar.
Quando os noticiários e os cientistas oferecem estatísticas reais, elas às vezes podem estar equiivocadas. Por exemplo, freqüentemente ouvimos a notícia de que você tem muito mais chances de ser atingido por um raio do que de ser atacado por um tubarão. Esta estatística se baseia no número de incidentes por ano. Porém, qualquer pessoa pode ser atingida por um raio quando uma tempestade se aproxima. Suas chances de ser atacado por um tubarão são zero se você mora no Kansas e não passa as férias na praia. Se você surfa todos os dias na costa da Flórida, a probabilidade de um tubarão atacar você é muito maior.
Isto não quer dizer que qualquer um que entre na água deva ficar aterrorizado com os tubarões, mas as pessoas que nadam e surfam no oceano precisam conhecer os perigos que os animais selvagens podem representar. Conhecer os fatores de risco para ataques de tubarões pode ajudá-lo a reduzir bastante as suas chances de se tornar uma vítima.
Aqui estão algumas diretrizes gerais:

    Foto cedida Tom Raycove

  • não nade ao amanhecer ou ao anoitecer: os tubarões estão se alimentando ativamente nestes períodos. A visibilidade na água é menor, o que pode levar a mordidas equivocadas;
  • não nade em água turva: novamente, a pouca visibilidade aumenta as chances de um tubarão confundir você com uma presa;
  • não nade com cortes abertos: mesmo uma pequena quantidade de sangue na água pode atrair tubarões a quilômetros de distância. Alguns especialistas recomendam que mulheres menstruadas também evitem nadar no oceano;
  • evite bancos de areia, montes marinhos e declives: a vida selvagem marinha tende a se reunir nestas áreas, incluindo muitos peixes que são presas naturais do tubarão. Geralmente os tubarões não estão muito longe;
  • não vista cores contrastantes: trajes de banho com cores contrastantes ou brilhantes podem confundir os tubarões. Mesmo marcas de bronzeado contrastantes são consideradas estimulantes para mordidas equivocadas;
  • não use jóias brilhantes: o sol refletido em um relógio ou colar pode chamar a atenção de um tubarão;
  • não nade quando uma presa natural do tubarão estiver presente em grande número: se você estiver nadando perto de mamíferos marinhos ou outras espécies que são presas de tubarão;
  • não se debata na água: faça movimentos suaves e calmos. Bater braços e pernas de maneira agitada lembra um peixe ferido para um tubarão. O nado "cachorrinho" também pode atrair tubarões;
  • não pense que você está seguro simplesmente porque a água é rasa: os ataques de tubarão podem ocorrer em águas com menos de 1 metro. Apesar de normalmente a atividade dos tubarões ser maior a algumas centenas de metros da costa, fique alerta se você estiver em águas rasas;
  • não deixe iscas de tubarão na água: grandes quantidades de peixe ou sangue de animal atrairão tubarões famintos. Se você estiver pescando enquanto permanece no oceano, mantenha sua isca fora da água até usá-la e não pare em um local por muito tempo;
  • não nade se houver tubarões na água: esta é a maneira mais óbvia de evitar tubarões. Se souber que eles estão por perto, fique fora da água.
Estas dicas não são infalíveis. Existem inúmeras circunstâncias nas quais os tubarões atacaram desafiando todos os padrões de ataque. A melhor dica é estar alerta e sempre nadar, mergulhar ou surfar com um parceiro. Alguns ataques não podem ser evitados, mas ter alguém por perto para pedir ajuda pode salvar a sua vida.
Se o pior acontecer e você se vir sendo atacado por um tubarão, o que deve fazer? Se possível, lute. Apesar de sua ferocidade, os tubarões tendem a ser covardes. Eles não gostam de presas que possam machucá-los. Esmurrar, chutar, esfaquiar e até mesmo dar cabeçadas são todas maneiras pelas quais vítimas de ataque conseguiram se livrar dos tubarões. Os olhos são particularmente sensíveis. Este tipo de resposta parece ajudar o tubarão a perceber que o que ele acabou de morder não é sua presa habitual.
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por Ed Grabianowski - traduzido por HowStuffWorks Brasil